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Cintia Caciatori

O que fazer em Berlim: principais pontos turísticos e roteiro detalhado

Berlim é uma das minhas cidades favoritas no mundo. Não sei explicar, mas a cidade com toda sua fama de bagunçada e agitada me encanta. Pegar o metrô e passear pelos bairros da cidade é sensacional, ainda mais por ter tanta história para contar. Tudo é muito vivo e podemos presenciar com nossos próprios olhos ao caminhar pelas ruas.



Por esses motivos e muitos outros, já visitei Berlim algumas vezes, a última foi em dezembro de 2022. Chegamos na última semana do ano e optamos por ficar na região da Potsdamer Platz. Depois da virada do ano mudamos para Prenzlauer Berg, bairro onde fica a escola de alemão que frequentei por duas semanas.


A seguir vou listar todos os lugares que visitei, tanto nessa viagem quanto em outras, explicar cada um deles e colocar na melhor sequência de roteiro.


Vou começar pela Potsdamer Platz, onde ficamos hospedados na primeira parte da viagem. É uma ótima região para se hospedar, pois sua localização permite conhecer muitos pontos turísticos importantes a pé. Nosso hotel foi o Quentin XL Potsdamer Platz.


1 - Potsdamer Platz


A Potsdamer Platz sempre foi local de prédios suntuosos e representava o centro comercial de Berlim, mas como muitos lugares da cidade, foi completamente destruída na segunda guerra e esquecida durante a guerra fria.


Neste período o Muro de Berlim cortava a praça, que já não era mais praça. Depois da queda do muro e o fim da guerra fria, aos poucos a área foi revitalizada, com prédios modernos e uma das principais estações de metrô e trem da cidade.



A praça hoje não tem muito jeito de praça, é um local de muito movimento de carros e pessoas. Todo ano acontece o mercado de Natal da Potsdamer Platz, com várias barracas de comidinhas boas e um grande escorregador para brincar no gelo.


Eu como sou apaixonada pelos mercados de natal europeus, fui logo tomar café da manhã e provar tudo o que o mercado tinha para oferecer (veja no vídeo a seguir). Outro lugar bem famoso na Potsdamer é o Sony Center.



2 - Sony Center


O Sony Center se destaca por sua cúpula de cristal e aço, que por seu tamanho e altura, pode ser avistada de bem longe. A noite tudo fica ainda mais lindo, pois acontece um jogo de luzes que deixa tudo mágico.


Abriga muitos bares e restaurantes, ótimos lugares para fazer uma refeição e tomar um bom chopp alemão. Inclusive foi onde passamos o início da nossa virada de ano. Reservamos um jantar no restaurante e cervejaria Lindenbräu. A vista é super legal, pois o restaurante é todo de vidro e podemos apreciar o jogo de luzes durante o jantar.



Tudo muito sossegado, mas eu e meu marido não nos aguentamos e acabamos pegando um metrô até o Portão de Brandemburgo. Nos misturamos naquela bagunça insana para a contagem regressiva da virada (risos).



O Sony Center também é famoso pelos seus teatros e salas de cinema e nos seus arredores acontece o Festival de Cinema de Berlim.


3 - Kumpelnest 3000


Assim que chegamos em Berlim, fomos comer um hambúrguer pertinho do nosso hotel. Na mesa ao lado, alguns brasileiros conversavam sobre uma balada alternativa, onde antigamente funcionava um bordel e que até hoje havia a foto da proprietária na parede.


Uma senhora meiga e graciosa, que jamais passaria pela cabeça ser dona de um bordel. Achei a história engraçada e fiquei muito curiosa, não perguntei na hora, mas depois pesquisei nas redondezas e achei.



Trata-se do Kumpelnest 3000. Um verdadeiro inferninho na noite fria do inverno berlinense. Há todos os tipos de músicas e drinks. Um encontro de todos os gêneros e faixas etárias se divertiam sem preconceito despreocupados. E a foto estava mesmo lá na parede!


Foi nossa melhor noite de Berlim. Fizemos amizade com um casal de alemães. Eles comentaram que fazia uns 10 anos que não iam lá e tudo continuava exatamente igual. Uma pérola da noite berlinense com toda certeza.




Nossa aventura nos arredores da Potsdamer Platz terminou no dia primeiro de janeiro de 2024. Fizemos o check out do hotel e fomos para a escola de alemão em Prenzlauer Berg. É um ótimo bairro para se hospedar para quem procura grande concentração de bares, restaurantes e uma vibe alternativa.



4 - Bairro mais alternativo de Berlim: Prenzlauer Berg


Prenzlauer Berg é o bairro mais alternativo de Berlim e eu não fazia ideia disso. É só andar pelas ruas e perceber a quantidade enorme de bares, restaurantes, lojas, galerias e cafés. Tudo estiloso e alternativo, do jeito que a gente gosta. Passei duas semanas no bairro, onde fiz meu curso de alemão.


A escola GLS fica na Kastanienallee, uma das ruas mais importantes e movimentadas do bairro (pensa na felicidade da pessoa aqui). Visitei o bar de cervejas e drinques “An einem Sonntag im August" e comi muita pizza e doner kebab nessa rua.



É importante saber que Berlim tem um sistema de transporte público muito eficiente, apesar de estar muito caro. Os trens, metrôs e trams (bondes elétricos) são todos interligados e eficientes. Inclusive, muitos trams passam em frente da escola e em muitas outras ruas do bairro.


Interessante saber que o sistema de bondes de Berlim é um dos mais antigos do mundo e só está presente nos bairros que pertenciam à parte de Berlim Oriental.



Outra rua que caminhei bastante e visitei muitos bares foi a Oderberger, com destaque para os bares Nemo, Kapitalist e Burger World Berlin.



5 - Mauerpark


Não posso deixar de citar o Mauerpark onde acontece todos os domingos o mercado de pulgas, além de oferecer culinária de várias partes do mundo. Descobri totalmente ao acaso. Estava um domingo frio e chuvoso, era fim do dia e tínhamos voltado de Dresden, bem cansados da viagem. Percebemos uma movimentação na rua e resolvemos ver onde ia dar… que foi no Mauerpark.


Apesar do frio e chuva fiquei maravilhada com a atmosfera do mercado e das pessoas. No Mauerpark há também uma parte do Muro de Berlim onde é permitido fazer grafite.



6 - KulturBrauerei Museu Alemanha Oriental


Outro lugar imperdível é o KulturBrauerei, uma antiga cervejaria que virou um complexo com várias atividades. Há casas de espetáculos, lojas e o museu com exposição permanente sobre a vida cotidiana durante a RDA (República Democrática Alemã ou Alemanha Oriental).



É possível saber como eram os apartamentos da época, cômodos de casas, escritórios, mercados, modelos dos carros e entender toda linha do tempo até a reunificação em 1990. Neste complexo há todos os anos um dos mercados de natal mais famosos da cidade e no verão há muitos eventos ao ar livre. Como fomos em janeiro, não pegamos esses eventos.



Prenzlauer Berg hoje é considerado um bairro nobre e a história é bem interessante…geograficamente situa-se na região da antiga Alemanha Oriental que, após a reunificação, caracterizou-se como uma bairro humilde e com valores de aluguéis acessíveis. Isto porque a maioria dos prédios encontravam-se em situação bastante precária, já que não tiveram a manutenção adequada durante o governo da RDA.



Nesse contexto, o bairro de origem operária atraiu muitos jovens em início de carreira, artistas e, com o passar dos anos, sua atmosfera se tornou desejada por alemães e imigrantes.



Os prédios foram reformados, muitos com padrões luxuosos. Os aluguéis subiram de valor e o cenário inverteu. Hoje o bairro possui aluguéis altíssimos. O problema é que muitos moradores antigos do bairro já não conseguem mais pagar os aluguéis (gentrificação) e isso gera muitas críticas e problemas sociais, como o aumento da segregação, entre muitos outros.


Há, inclusive, prédios em que os moradores não deixam reformar as fachadas como forma de protesto diante da situação.



Ficamos hospedados duas semanas em Prenzlauer Berg e depois da aula fazíamos passeios pela cidade. Houve um dia raro de sol, o céu estava lindo e resolvemos ir até a Catedral de Berlim.


7 - Domo de Berlim


A Catedral de Berlim, ou Berliner Dom em alemão, é uma igreja protestante luterana e se encontra na ilha dos Museus, onde acaba a Avenida Unter den Linden, às margens do Rio Spree.

É tão linda que chega a encher os olhos. É composta por uma cúpula esverdeada (ou domo) principal e mais quatro ao seu redor. Possui 116 metros de altura e 114 metros de comprimento. O edifício levou 10 anos para ser construído, entre 1895 e 1905, após a demolição de outra catedral no mesmo lugar.



Além da possibilidade de assistir às missas, a igreja é também um ponto turístico e permite visitação em horários pré-determinados.


A visita


A Catedral de Berlim possui um site oficial onde é possível comprar as entradas com antecedência. Nós não fizemos isso, decidimos entrar de última hora. Na entrada da catedral há um painel digital para acessar a disponibilidade de visita e a compra de ingresso. Fizemos desta forma e deu certo, mas claro que existe o risco de chegar na hora e estar com os horários cheios. Como ficaríamos 2 semanas na cidade isso não seria um problema, mas para quem tem pouco tempo, vale a pena agendar com antecedência.


O interior


Se por fora a catedral já nos enche os olhos, seu interior não deixa por menos. As cúpulas todas trabalhadas e o mármore branco mostram a imponência da Catedral, sem falar no órgão gigantesco, que é o maior da Alemanha, com 7200 tubos. Você pode visitar também sarcófagos de membros da dinastia Hohenzollern (Império Alemão).



Subida até a Cúpula - a parte mais legal da visitação


É possível subir até a cúpula e ter uma vista panorâmica fantástica da cidade de Berlim. São 267 degraus e não é possível desistir no meio do caminho, por isso pense bem se seus joelhos vão aguentar a empreitada.



Quanto mais alto subimos, mais estreitos ficam os degraus. É bem cansativo, mas a vista é fantástica. No vídeo que fiz sobre a visita mostrei todos os detalhes da subida. O dia estava lindo e tudo ficou ainda mais incrível. Lá de cima há uma vista panorâmica da Ilha dos Museus, do Rio Spree, da Torre da TV (Berliner Fernsehturm) e muito mais.



Ao final da descida, antes da saída há um café com mesinhas às margens do Rio Spree para sentar e apreciar a paisagem e o movimento da cidade. Eu queria ter ficado, mas a noite estava caindo e o frio aumentando.


A Catedral de Berlim foi severamente destruída por bombardeios aéreos durante a Segunda Guerra Mundial. E sua reconstrução foi lenta, demorou décadas até que em 2002 finalmente os últimos mosaicos da cúpula foram finalizados e as criptas reabertas a visitação do público.





Já em outro dia resolvemos ir até o Portão de Brandemburgo de metrô e caminhar pela Avenida mais famosa de Berlim: a Unter den Linden...


8 - Portão de Brandemburgo


É o cartão postal de Berlim. Acredito que para muitas pessoas que pensam em Berlim, a imagem do Portão vem à cabeça. Localiza-se na Pariser Platz, no início da Avenida Unter den Linden, a mais importante da cidade.



O Portão foi construído a mando do rei prussiano Frederico Guilherme 2° no século XVIII. No mesmo lugar já havia outro portão, mas o rei queria construir uma nova versão mais imponente, e por isso inspirou-se nas colunas da Acrópole de Atenas. A passagem era permitida somente ao rei e seus convidados e os levavam até o Palácio Real e ao Tiergarten.



Passou por guerras e acontecimentos históricos, já durante a guerra fria com a divisão da Alemanha, o Portão ficou isolado e a passagem impedida pelo muro que cortava a cidade. Assim ficou por mais de 30 anos. Após a queda do muro e reunificação da Alemanha o Portão se tornou uma local de comemorações, como o famoso Réveillon de Berlim e várias outras datas e eventos comemorativos.



Nos arredores do Portão estão o Reichstag, que é o Parlamento Alemão, o Memorial do Holocausto e o Tiergarten.


9 - Reichstag: Parlamento Alemão


Reichstag é o nome do prédio onde funciona o Parlamento Alemão. Sua construção foi finalizada em 1894. Em 1918, após a Primeira Guerra Mundial, a república foi proclamada da sacada do prédio.



A construção é imponente, de encher os olhos. Na fachada está escrito a frase "Dem deutschen Volke" que significa "Ao povo Alemão". É um lugar imperdível para visitar em Berlim, lá você vai aprender muito sobre a história da Alemanha.



Saiba mais detalhes e como fazer a visitação aqui: Reichstag: Entenda a história e saiba como visitar o Parlamento Alemão


10 - Memorial do Holocausto


Na verdade seu nome é “Memorial aos Judeus Mortos da Europa”. O lugar é realmente impressionante, são quase 20 mil metros quadrados e quase 3 mil blocos em concreto de diversos tamanhos, tudo isso para gerar um certo desconforto aos visitantes, segundo o criador do memorial. No subsolo há um anexo onde estão os nomes de todas as vítimas e também é contada toda história dessa época de horror. A gente sai com um nó na garganta, mas é imperdível a visita. A entrada é gratuita.




11 - Tiergarten


Tiergarten é o principal parque de Berlim e abrange boa parte da área central da cidade com seus mais de 200 hectares. O zoológico de Berlim está dentro do parque, por exemplo. Como visitei Berlim sempre no inverno, não desfrutei do Tiergarten, já que os dias de verão são muito mais proveitosos nos parques.


Atrás do Portão de Brandemburgo e ao redor do Parlamento Alemão, já é possível andar pelo parque, mas nos dias de inverno as árvores estão secas e o clima cinza, e o frio faz o passeio não ser muito proveitoso como deve ser no verão. No vídeo a seguir caminhamos um pouquinho pelo Tergarten antes de chegar a Unter den Linden:



12 - Avenida Unter den Linden


Estávamos nós na na Pariser Platz, em frente ao Portão de Brandemburgo e, como sempre, adoramos explorar tudo a pé. Resolvemos então caminhar pela avenida sem compromisso, sem saber onde iríamos parar. Não fazíamos ideia que se tratava da Unter den Linden, a mais importante de Berlim.



Antes de mais nada, uma parada para esquentar as mãos e alma congelada no Starbucks com vista privilegiada do Portão. Todas as vezes que visitamos Berlim foi no inverno.


Passamos pelo Erlebnis Europa, uma exposição criada pelo parlamento europeu sobre a economia na União Europeia, pelo museu Madame Tussauds Berlin e o Museu da Guerra Fria.



13 - Biblioteca Estatal de Berlim


Seguimos mais um pouco até chegar na imponente Biblioteca Estatal de Berlim, uma das maiores da Europa. O edifício é lindíssimo, após a primeira entrada já nos deparamos com um jardim interno, com bancos para descansar. Em seguida outra entrada, onde deixamos as mochilas para acessar a parte interna. É preciso subir uma escadaria enorme e imponente de mármore branco para acessar o acervo e as salas de leituras.




Veja a seguir algumas curiosidades:


Há muitos tesouros guardados como a partitura da Nona Sinfonia de Beethoven, além de obras de Bach e Mozart.


Na sala de leitura há um relógio que marca sempre a mesma hora: 22:45. A explicação é que em 1944 o prédio foi bombardeado neste horário e posteriormente o relógio foi achado nos escombros.


A sala de leitura é toda pintada de laranja, cor que transmite tranquilidade.



A reforma levou mais de 15 anos e custou 470 milhões de euros.


14 - Universidade de Humboldt de Berlim


Mais alguns passos e chegamos na Universidade de Humboldt de Berlim, a mais antiga da cidade. Foi fundada em 1810 e soma 29 ganhadores do Prêmio Nobel. Nela estudaram grandes nomes como Albert Einstein e Karl Marx.


Fatos históricos relevantes que é bom a gente saber:


Durante o período nazista, todas as universidades foram transformadas de acordo com o regime. E foi da biblioteca da Universidade de Humboldt de Berlim que foram extraídos mais de 20.000 livros, cujos autores eram considerados oponentes ao regime. Os livros foram todos queimados em praça pública em 10 de maio de 1933.


A praça em questão é a Bebelplatz que fica no outro lado da Avenida. No meio da praça hoje há um memorial discreto desse trágico acontecimento, criado pelo israelense Micha Ullman. No chão há uma placa de vidro e por ela consegue-se ver, na parte subterrânea, estantes brancas e vazias. Ao lado da placa de vidro há uma frase “profética” do poeta alemão Heinrich Heine de 1820, que era muito atual aos acontecimentos daquele ano:


“Onde se queimam livros, acaba-se queimando pessoas.”




Após a queda do nazismo, a Universidade ficou sob comando do governo soviético, do SED: Partido Socialista Unificado da Alemanha. A ideologia era rigorosamente comunista. Isso perdurou até o fim da Alemanha Oriental.


Hoje a Universidade foi toda reestruturada e tornou-se uma Universidade pública que acolhe também muitos imigrantes que procuram uma graduação.


Tours para conhecer a história de Berlim:


15- Bebelplatz


Agora vou voltar um pouquinho a falar da Bebelplatz. Ao seu redor estão alguns prédios bastante imponentes como a Ópera Estatal de Berlim (prédio rosa), o Prinzessinnen Palais, antiga residência real prussiana (prédio branco), o Hotel Roma, e claro, a Universidade de Humboldt de Berlim.



O mercado de Natal mais bonito de Berlim foi realizado nela em 2022. Tive o prazer de prestigiar e foi mágico. Normalmente esse mercado acontece na Gendarmenmarkt, mas em 2022 a praça estava em reformas.




16 - Gendarmenmarkt


A Gendarmenmarkt foi projetada no século XVIII e é considerada a praça mais bonita de Berlim. Na caminhada pela Unter den Linden, você pode virar na Charlottenstrasse e depois de 5 quadras estará na praça.



Realmente a praça é lindíssima. Possui três prédios importantes: a Casa de Concertos de Berlim, a Catedral Francesa e a Catedral Alemã. As duas catedrais ficam de frente uma para a outra, e têm o apelido de igrejas gêmeas por sua similaridade no estilo barroco. No centro da Praça há uma estátua do poeta Friedrich Schiller inaugurada em 10 de novembro de 1871.



Além de ser a praça mais bonita de Berlim, possui o mercado de Natal mais bonito de Berlim. Tive o prazer de conhecer e tudo é encantador.



Atualmente a praça está em reformas, com previsão para terminar ao final de 2024. Por conta disso, o mercado de Natal de 2022 foi na Bebelplatz como já citei aqui no post.


Levei um susto quando me deparei com a reforma, mas logo passou depois de saber que o mercado havia sido realocado…ufa! Seria uma pena estar em Berlim e deixar de presenciar o mercado mais lindo da cidade.


17 - Neue Wache


Em frente a Bebelplatz está o Neue Wache, um memorial de vítimas das guerras e da ditadura. Nossa caminhada pela Unter den Linden estava quase chegando ao fim, quando avistamos um prédio com grandes colunas dóricas.


As portas ficam abertas e no seu interior há uma única estátua de uma mãe carregando seu filho morto no colo. No teto há uma abertura que simboliza toda a tristeza e dificuldade que as pessoas passaram durante os tantos períodos de guerra ao longo da história.



18 - Museu de História Alemão - Deutsches Historisches Museum


Ao final da Avenida Unter den Linden, já no limite com a Ilha dos Museus, está o Museu de História Alemão abrigado no prédio mais antigo da Unter den Linden: o Zeughaus, antigo abrigo de armamento militar da dinastia prussiana (século XVII e XVIII).


O Museu conta mais de 2 mil anos de história da Alemanha, além de promover diversas exposições temporárias. Passamos pela frente do museu e faltava poucos minutos para fechar. Infelizmente não voltamos nos dias seguintes.


Ponte Schloss

Mais alguns passos estávamos na Ponte Schloss às margens do Rio Spree. De lá conseguimos avistar a imponente Catedral de Berlim. Como já era noite, o frio ficou ainda mais intenso e já estávamos cansados da caminhada.





19 - Ilha dos Museus


Por incrível que pareça há uma ilha no centro de Berlim, no Rio Spree. A ilha localiza-se ao final da Unter den Linden, depois de atravessar a Ponte Schloss. O nome se dá ao fato da ilha abrigar alguns dos museus mais importantes do mundo. São eles: Museu Pergamon, Altes Museum, Neues Museum, Alte Nationalgalerie, Museu Bode e James-Simon-Galerie.


Ilha dos Museus

Originalmente encontrava-se o Palácio da cidade de Berlim, residência dos reis da Prússia e imperadores alemães ao longo da história. Já em 1950 foi destruído pelo governo comunista.

Encontra-se na Ilha também o Lustgarden, que são os jardins do antigo palácio destruído e a Catedral de Berlim.



Dica: no primeiro domingo do mês a entrada dos museus é gratuita. Para os outros dias use o Berlin WelcomeCard:



Passeios legais que eu gostaria de ter feito na Ilha dos Museus:


Depois da Ilha dos Museus, com mais 1 quilômetro de caminhada, chega-se até a Alexanderplatz, a praça mais importante de Berlim. Ou seja, do Portão de Brandemburgo pode-se caminhar até o fim da Unter den Linden, atravessar a ilha dos Museus e chegar até a Alexanderplatz. Veja no mapa:



Em minha opinião acho um trecho muito grande para se fazer em um só dia, pois há muitos pontos interessantes para conhecer. Principalmente se for visitar os museus.

Dica: eu gosto muito de usar em minhas viagens os ônibus turísticos. É muito mais cômodo do que usar transporte público, faz paradas estratégicas nos principais pontos turísticos da cidade e possui áudio guia em vários idiomas.



Em um dos nossos dias em Berlim, pegamos um metrô até a estação da Alexanderplatz, caminhamos pelas redondezas e passamos pela Torre da TV, a Prefeitura Vermelha e a igreja mais antiga da cidade.



20 - Alexanderplatz


Localizada no centro do distrito do Mitte, é considerada a principal praça de Berlim. Seu nome é uma homenagem ao czar Alexandre I da Rússia, que visitou a praça no início do século XIX, onde originalmente era uma feira de venda de gado.





Tornou-se um importante centro comercial e permanece assim até hoje. Na praça e seus arredores encontramos lojas de departamentos, shoppings, casas de câmbio e restaurantes. Há também umas das maiores estações de metrô e trem da cidade.



Geograficamente faz parte da antiga Alemanha Oriental que reconstruiu a praça após a Segunda Guerra. A República Democrática Alemã fez dela um centro cosmopolita.


Para mostrar seu poder ao mundo construiu a imponente Fernsehturm ou Torre da TV. Outros monumentos ao seu redor são o Relógio Mundial e a Fonte de Netuno. Além da Igreja Marienkirche e a Rotes Rathaus: Prefeitura (vermelha) da cidade.


A praça é palco de grandes eventos como os mercados de Natal, Oktoberfest e outras feiras, mas foi em 4 de novembro de 1989 que houve o evento mais emblemático na praça, onde reuniu mais de meio milhão de pessoas num protesto contra o governo comunista. Cinco dias depois em 9 de novembro ocorreu a queda do Muro de Berlim, que simbolizou o fim da guerra fria.


21 - Fernsehturm - Torre de TV


A Fernsehturm foi construída em 1969 durante o governo comunista pela República Democrática Alemã, como forma de imponência e poder. Como já citado, a torre localiza-se na Alexanderplatz e faz parte do complexo cosmopolita desde aquela época até os dias de hoje.



Possui 368 m de altura e é a quarta maior estrutura sem apoios da Europa. No alto há uma “bola gigante” onde funciona um restaurante giratório com vista panorâmica da cidade. Por conta de sua arquitetura inconfundível, pode ser avistada de vários bairros de Berlim.


É possível fazer a visita no alto da torre para apreciar a vista, como também desfrutar do restaurante. As reservas são feitas separadamente. Para informações de valores e reservas clique aqui:


22 - Rotes Rathaus - Prefeitura de Berlim


Rotes Rathaus significa Prefeitura Vermelha, este nome foi dado pois sua fachada é feita de tijolos vermelhos. O prédio, que também fica no bairro Mitte, nos arredores da Alexanderplatz, abriga a sede da prefeitura de Berlim e da câmara de vereadores.



A obra é imponente e possui uma torre de 74 metros de altura. É considerado um dos cartões postais de Berlim. Não entramos no prédio, pois visitamos na véspera de ano novo e tudo estava fechado. Neste dia pegamos um metrô até a Alexanderplatz e visitamos além da Praça, a prefeitura e a igreja Marienkirche.


23 - Marienkirche


A Marienkirche ou Igreja de Santa Maria é a igreja mais antiga em funcionamento de Berlim. Resquício da Idade Média em meio a modernidade de Berlim, seus primeiros registros são do século XIII. A entrada é gratuita e no seu interior é possível apreciar a obra chamada Totentanz que significa dança da morte datada do século XV. Possui 22 metros de comprimento e representa a peste que matou milhões durante a idade média.




Um dos lugares mais legais de Berlim é o East Side Gallery que pode ser visitado num dia junto com a Oberbaumbrücke. Se depois de visitar esses dois lugares, você achar que sobrou tempo, pode pegar um metrô e seguir até o Checkpoint Charlie e o Museu Topografia do Terror:


24 - East Side Gallery


Após a reunificação da Alemanha, alguns trechos do Muro de Berlim ainda ficaram de pé e hoje são usados como museus e galerias, como é o caso do East Side Gallery.



O East Side Gallery é uma galeria de arte a céu aberto, com 1316 metros ao longo do antigo Muro de Berlim. Por conta de toda sua extensão, tornou-se a maior galeria de arte a céu aberto do mundo. Com muita arte urbana e colorido, a galeria deixa o ar alegre para uma caminhada tranquila.



O cenário fica ainda mais bonito, pois encontra-se às margens do Rio Spree. Na primeira vez que visitei, estava tudo branquinho de neve e o dia estava lindo. A combinação ficou lindíssima!



A obra da foto abaixo, que faz parte da galeria, é um dos lugares mais visitados de Berlim. A imagem originalmente foi uma fotografia tirada pelo francês Régis Bossu em outubro de 1979 em Berlim. Na foto estão o líder soviético Leonid Brejnev e o último chefe de Estado da República Democrática Alemã (RDA) Erich Honecker.



Brejnev cumprimentou o anfitrião com 3 abraços e 1 beijo na boca. Era assim que líderes da antiga União Soviética se cumprimentavam, herança da Igreja Ortodoxa Russa. Não havia nenhuma conotação romântica no gesto.


Mais tarde, em 1990, com a dissolução da antiga Alemanha Oriental, o artista russo Dimitri Vrubel criou a obra no East Side Gallery, antigo Muro de Berlim que se tornou a maior galeria de arte a céu aberto do mundo.


A obra é chamada de BEIJO FRATERNAL e atrai turistas de todo mundo por sua arte e relevância histórica. Na parte de baixo está escrito: "Meu Deus, ajude-me a sobreviver a esse amor mortal". O artista explicou que a frase fazia referência a um momento que estava vivendo de sua vida e não a imagem.


Dimitri faleceu em 14 de agosto de 2022 aos 62 anos. Visitei o East Side Gallery em janeiro de 2016 e janeiro de 2023



25 - Oberbaumbrücke


A Ponte Oberbaum corta o Rio Spree e fica ao lado do East Side Gallery. É considerada a ponte mais bonita da cidade e no inverno fica mais linda ainda com o cenário todo branquinho. Ela corta dois bairros: Kreuzberg e Friedrichshain, famosos por sua arte e vida noturna, assim como Prenzlauer Berg.




26 - Checkpoint Charlie


Foi um posto de controle construído na mesma época em que os soviéticos erguiam o Muro de Berlim (1961). Localizado na parte central da cidade, na Friedrichstrasse, no bairro Mitte, tornou-se a fronteira mais usada entre a Alemanha oriental e ocidental durante a Guerra Fria. Foi controlado majoritariamente por norte-americanos, mas teve participação de franceses e ingleses também.



Era a única passagem para importantes membros da parte ocidental, como militares e diplomatas, acessarem o lado oriental. Também foi neste posto que muitos cidadãos tentaram fugir do lado oriental. O número de relatos e histórias é bem grande.


Apesar de toda a importância, o posto era uma pequena casa de madeira, que alguns anos depois foi substituída por uma de aço.



Hoje existe uma réplica fiel no mesmo lugar, no meio da rua, onde os turistas tiram fotos. Há também museus ao redor para entender a história da Guerra Fria, época em que o posto estava em atividade.


Você também verá réplicas das placas que advertiam a entrada e saída do setor americano.




Para finalizar, há também um painel com fotos de dois soldados, um americano e outro russo, porém trata-se de uma obra artística feita somente após a queda do muro em 1994. O nome do artista é Frank Thiel.



27 - Topografia Terror


Topografia do Terror é um museu de história na cidade de Berlim. É mais um local que é possível visitar alguns trechos do Muro de Berlim, mas não de forma alegre e colorida como no East Side Gallery.



O museu divide-se em duas partes: externa e interna. A parte externa trata-se de uma exposição ao ar livre, composta pelo Muro de Berlim em conjunto com uma linha do tempo de 1933 até 1945. Nela estão todos os acontecimentos e horrores da era nazista.


Há também uma exposição na parte interna do prédio onde funcionou a Gestapo, sede da polícia nazista, onde foi planejado o holocausto. É possível acessar fotos, painéis e documentação referentes a história da polícia secreta nazista. A entrada é gratuita.




Não deixe de aproveitar os tours guiados aqui do post, principalmente os gratuitos!


Ao longo deste post eu deixei alguns vídeos sobre Berlim, mas se você quiser assistir ao vídeo completo na sequência da viagem, o vídeo abaixo é o ideal. Nele eu mostro com mais detalhes ainda todos os lugares e experiências citadas aqui:



Esta viagem começou em dezembro de 2022 e foi até o final de janeiro de 2023. Chegamos em Frankfurt e depois fomos até Berlim. Visitamos também Dresden, Hamburgo e subimos até Copenhague na Dinamarca.


Eu também fiz um vídeo com o roteiro da viagem completa. É um pouco longo, quase um filme (risos), mas tem de tudo...como locomover-se entre cidades e países, comidas, diversão e informação:



Aviso importante: é obrigatório seguro viagem para viajar a Europa. Veja como comprar aqui:



Para finalizar, deixo mais sugestões de passeios, restaurantes e programas legais em Berlim <3


Veja também:


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