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Cintia Caciatori

Castelo do Drácula, Transilvânia (Romênia 02)

A Praça do Conselho em Brasov (Brasov,Transilvânia) foi nosso ponto de encontro com o guia que nos levou até o Castelo. A viagem levou mais ou menos meia hora. O acesso ao castelo estava tranquilo e, já que era alto inverno, não foi preciso pegar nenhuma fila.

Vou falar pra vocês que fui visitar o castelo sem grandes expectativas, pois antes da viagem li muitos depoimentos de pessoas que visitaram e ficaram decepcionadas. Enfim, quero adiantar que achei a visita fantástica e surpreendente! Totalmente ao contrário de tudo que li e vou explicar tudo pra vocês.

Primeiro vou falar de Vlad Tepes. Seu pai era guerreiro de uma instituição chamada “Ordem do Dragão”. Em romeno “drac” significa dragão e “ulea” significa filho. Por isso ele foi chamado de Drácula, pois era filho do cidadão que participava da “Ordem do Dragão”.


O Drácula nasceu no século XV, na Romênia, região da Transilvânia. Ele lutou durante toda sua vida contra o Império Otomano e contra a expansão dos turcos pela Europa. Porém, ele tinha uma maneira peculiar de combater os inimigos: usava requintes de crueldade dos mais diversos tipos, mas o mais famoso era o empalamento. Ele mesmo criou uma técnica para que os inimigos ficassem definhando e demorassem dias para morrer. Para ele era prazeroso. Tal crueldade fortalecia sua posição.

Por conta de todo o histórico de brutalidade, Vlad foi chamado de “Tepes” que, em romeno, significa “empalador”.


Explicado a história real de Vlad Tepes Drácula, agora vamos falar do personagem fictício! As histórias bizarras de Vlad inspiraram um escritor chamado Bram Stoker a escrever, em 1897, um livro chamado “Drácula”. E foi desse livro que surgiu o vampiro! Bram é o escritor que inventou o vampiro e o Castelo famoso do Vlad se chama Castelo de Bran, com N. Pura coincidência. Muita gente acaba misturando a história real com a fictícia. Acha que vai chegar ao castelo e ver um monte de morcego voando num cenário macabro. E aí acaba ficando desapontado.


Mas a verdade é que o Castelo, por dentro, é um brinco de tão bonito e organizado. Em 1920 a Rainha Maria da Romênia morou no castelo e deixou-o muito confortável e aconchegante. Na época ela era muito vaidosa e muito adorada pelo povo. Hoje o Castelo funciona como um museu e atrai turistas do mundo inteiro.



Normalmente quem vai visitar o Castelo de Bran acaba visitando também o Castelo de Peles, os pacotes de visita guiada são quase sempre vendidos juntos. Nós não fomos porque era uma segunda-feira, e o Castelo de Peles não estava aberto.

Li muitos depoimentos que afirmavam que o Castelo de Peles seria muito mais bonito e suntuoso. E que a visita seria muito mais válida. Porém, mesmo não tendo ido, discordo totalmente. O castelo de Peles foi construído quatro séculos depois! Obviamente, tem uma arquitetura muito mais sofisticada devido a esse espaço de tempo. Resumindo, são dois castelos incomparáveis. Cada um na sua época.


Apesar de todas as barbáries de Vlad Tepes, o povo romeno o tem como um herói. Ele teve apoio da Igreja Católica por lutar contra a expansão muçulmana. Segundo o guia que me acompanhou, apesar de toda a fama do castelo em torno de Vlad, há lendas que dizem que ele esteve somente uma vez no Castelo.

Minhas dicas:

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Eu cheguei até Brasov de trem. Se você quer saber como andar de trem pela Europa de forma segura, clique aqui. Eu uso o Eurail Pass. São diversos tipos de passes e você escolhe qual se encaixa melhor em sua viagem.

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